Brasil Game Show 2024: O rei perdeu sua majestade?

AREA 78 | Brasil Game Show 2024: O rei perdeu sua majestade?

A Brasil Game Show (BGS), o maior evento de games da América Latina, completa 15 anos em 2024, mas a edição comemorativa traz uma pergunta inquietante: qual o futuro do evento?

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Apesar de um histórico sólido e de ser um ponto de encontro obrigatório para fãs e profissionais da indústria, a BGS deste ano deixou claro um cenário de incertezas. Estaria o evento, que já foi um sinônimo de grandiosidade, perdendo sua relevância no mercado?

Presenças ilustres, mas ausências marcantes

Entre as estreias desta edição, nomes como Devolver Digital, SNK e Arc System Works marcaram presença pela primeira vez, enquanto gigantes tradicionais como Nintendo, Sega e HoYoverse se destacaram com estandes grandiosos e experiências imersivas. Mesmo sem ser uma produtora de jogos, a Samsung impressionou ao abrigar empresas como Ubisoft, Warner Games e EA, além de exibir um monitor 3D promissor, que remete à tecnologia do Nintendo 3DS.

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Os gamers de PC também tiveram vez, com os maiores estandes do evento sendo ocupados pela Pichau e Shopinfo. A presença de Ronaldo Fenômeno, com seu estande da Ronaldo TV, e suas taças de melhor jogador do mundo, foi um ponto de interesse para muitos visitantes.

No entanto, o brilho dessas atrações não escondeu as ausências notáveis. As grandes produtoras ocidentais, como Xbox (Microsoft) e Playstation (Sony), não comparecem desde 2022, deixando um vácuo difícil de preencher. Mesmo com a lealdade das empresas orientais, como Nintendo e Sega, o esvaziamento do evento é perceptível.

Um evento menos grandioso

Embora ainda traga atrações de peso, a edição de 2024 da BGS foi, sem dúvida, menos cheia. Muitos visitantes notaram a redução de conteúdo e atividades, e o aumento de lojinhas e estandes de alimentação chamou a atenção, como uma tentativa de preencher espaços vazios.

A área Indie, que deveria ser um dos destaques do evento, foi novamente subaproveitada. Anunciada como ampliada, a realidade foi diferente: a seção foi comprimida em dois corredores pouco sinalizados. Para os que acompanham a BGS desde edições anteriores, a falta de atenção à cena Indie não é novidade. Mais uma vez, fica a sensação de que “falta carinho com o Indie na BGS”.

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Um exemplo claro dessa negligência foi o relato de um desenvolvedor Indie, cujo jogo fez sucesso em um evento concorrente, mas que não conseguiu sequer um estande na BGS. O palco principal, que poderia dar visibilidade aos jogos independentes com uma “Hora Indie”, perdeu uma grande oportunidade de valorizar essa parte essencial da indústria.

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O futuro incerto da BGS

A edição de 2024 deixou uma sensação de déjà vu: foi como uma versão 1.1 da BGS 2023, com poucas inovações e uma redução visível na oferta de atrações. A repetição de convidados internacionais não seria um problema se o evento não estivesse enfrentando uma concorrência crescente e feroz. Uma nova feira de games no Brasil já se posiciona como rival de peso, gerando uma disputa nos bastidores que pode influenciar diretamente o futuro da BGS.

Nós, gamers, amamos a BGS. Ela é, e sempre foi, a nossa feira de games. Mas a edição de 2024 deixa claro que mudanças são necessárias para que o evento continue relevante e sustentável no longo prazo.

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O que esperar da BGS 2025?
Por enquanto, o futuro é incerto. O que nos resta é torcer para que a BGS recupere seu brilho e volte a ser o evento imperdível que sempre foi.

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