Turrican Flashback – Uma Explosão Sci-Fi Retrô

AREA 78 | Turrican Flashback – Uma Explosão Sci-Fi Retrô

Lançado originalmente em 1990 para o Commodore 64 e Amiga, Turrican foi um ícone dos jogos de ação run-and-gun, misturando exploração à la Metroid com tiroteios intensos reminiscentes de Contra. Em 2021, a ININ Games e a Factor 5 trouxeram Turrican Flashback para Nintendo Switch, PS4, Xbox e PC, uma coletânea que reúne quatro títulos clássicos: Turrican e Turrican II: The Final Fight (Amiga), Mega Turrican (Mega Drive) e Super Turrican (SNES). Com visuais preservados, trilha sonora lendária de Chris Huelsbeck e melhorias modernas como rewind e save states, esta coleção é uma viagem nostálgica para fãs de Metal Slug, Gunstar Heroes e sci-fi dos anos 80. Vamos mergulhar nesta resenha e descobrir se Turrican Flashback ainda dispara com precisão!

Enredo: Um Cyborg Contra o Caos Cósmico

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Em Turrican Flashback, você controla Turrican, um cyborg bioengenhado para combater ameaças intergalácticas. A história varia entre os jogos: em Turrican, você enfrenta a IA MORGUL, que devastou a colônia Alterra; Turrican II foca na vingança contra “The Machine”; Mega Turrican e Super Turrican continuam a luta contra máquinas e alienígenas em cenários sci-fi. As narrativas são simples, com cutscenes mínimas (destaque para a introdução épica de Turrican II), mas evocam o charme de filmes B dos anos 80. A coletânea não expande as histórias, mas mantém o clima de ação desenfreada, perfeito para quem curte tramas diretas com vibe de “herói solitário contra o universo”.

Jogabilidade: Tiroteio e Exploração em Alta Velocidade

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Turrican Flashback mantém a essência run-and-gun com toques de exploração. Você corre, pula e dispara por cenários 2D expansivos, enfrentando hordas de robôs, alienígenas e chefes colossais. Cada jogo tem nuances: Turrican e Turrican II oferecem níveis labirínticos com segredos, inspirados em Metroid, e armas como o laser giratório e a habilidade de morph ball; Mega Turrican é mais linear, com um gancho de escalada que adiciona mobilidade; Super Turrican mistura exploração e ação arcade, mas troca o laser por um freeze beam menos inspirado. Os controles foram modernizados, eliminando o incômodo “pular com cima” dos originais, e a coletânea adiciona rewind, save states e ajustes de dificuldade, tornando o desafio brutal dos anos 90 mais acessível.

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O multiplayer não está presente, mas a campanha solo de cada jogo (cerca de 3-5 horas por título) é recheada de ação e replay, graças a segredos e caminhos alternativos. A dificuldade ainda pode frustrar novatos, especialmente em Turrican e Turrican II, com seus saltos precisos e armadilhas inesperadas, mas o rewind alivia a frustração. Mega Turrican é o mais amigável para iniciantes, enquanto Turrican II brilha como o favorito dos fãs pela variedade e polimento.

Pontos Fortes

  • Gameplay Atemporal: A mistura de run-and-gun com exploração é viciante, com níveis expansivos e armas criativas.
  • Visuais Retrô Charmosos: A pixel art, especialmente em Mega Turrican e Super Turrican, ainda impressiona.
  • Trilha Sonora Épica: As composições de Chris Huelsbeck, do chiptune ao synth, são memoráveis e elevam a imersão.
  • Modernizações Inteligentes: Rewind, save states e controles ajustáveis tornam os jogos mais acessíveis sem perder a essência.
  • Valor Nostálgico: Quatro jogos clássicos por um preço acessível é um deleite para fãs de retro gaming.

Referências aos Filmes: Sci-Fi Anos 80 em Pixel

Turrican Flashback é um tributo aos filmes de ficção científica dos anos 80. A estética de Turrican e Turrican II, com corredores metálicos e inimigos biomecânicos, lembra Aliens, O Resgate (1986), com seus xenomorfos e facehuggers pixelados. Os chefes gigantes, como mãos metálicas e robôs colossais, evocam O Exterminador do Futuro (1984), com sua ameaça cibernética implacável. Mega Turrican, com seu ritmo acelerado e cenários industriais, tem vibes de RoboCop (1987), enquanto Super Turrican mistura elementos de Blade Runner (1982) em seus visuais coloridos e futuristas.

A trilha sonora de Chris Huelsbeck, com sintetizadores pulsantes, ecoa as composições de Vangelis e Brad Fiedel, reforçando o clima de blockbuster sci-fi. A introdução de Turrican II, com sua narrativa animada, parece um trailer de Guerra nas Estrelas (1977), com naves e heróis contra impérios do mal. Até os power-ups, como o laser giratório, remetem a armas futuristas de Tron (1982), completando o pacote de referências à cultura pop oitentista.

Visual e Áudio: Pixel Art e Chiptune Imortais

Os visuais de Turrican Flashback são um deleite retrô. Turrican e Turrican II mantêm a pixel art detalhada do Amiga, com cenários labirínticos e sprites vibrantes. Mega Turrican brilha com cores intensas e animações fluidas do Mega Drive, enquanto Super Turrican impressiona com escalas e efeitos do SNES, apesar de alguns níveis menos polidos. A coletânea oferece filtros CRT, scanlines e ajustes de tela, permitindo recriar a experiência de TVs antigas ou jogar em widescreen nítido.

A trilha sonora de Chris Huelsbeck é o grande destaque, com temas chiptune que variam de épicos (Turrican II intro) a frenéticos (Mega Turrican). Os efeitos sonoros – explosões, lasers e rugidos de chefes – são satisfatórios e reforçam a ação. A ausência de dublagem ou novos arranjos não faz falta, já que o áudio original é impecável. Um jukebox com as trilhas está incluído, perfeito para fãs de música retrô.

Veredito

Turrican Flashback é uma coletânea que captura a essência de uma franquia subestimada, trazendo quatro jogos run-and-gun com charme atemporal. A jogabilidade, mesclando ação intensa e exploração, ainda diverte, enquanto a pixel art e a trilha de Chris Huelsbeck são um show à parte. As modernizações, como rewind e save states, tornam a experiência mais acessível, mas a falta de extras (como galerias ou entrevistas) e a ausência de Super Turrican 2 deixam a desejar. Para fãs de Contra, Metroid ou sci-fi dos anos 80, é uma viagem nostálgica obrigatória, mas novatos podem achar o desafio datado. Turrican Flashback prova que o cyborg ainda tem munição, mas poderia ter mirado mais alto.

Nota: 8.0/10