Depois de anos, finalmente lançaram um Black Ops que me fez sentir criança novamente! Após Black Ops 3, a franquia parecia ter perdido aquele encanto que sempre me cativou. Lembro vividamente das horas passadas em Black Ops 2 com meus amigos: cada sessão era uma mistura de risadas, frustração e tensão ao dobrar cada esquina, enfrentando campers com suas MK 48 e mira termal. Ficávamos horas tentando os famosos “trick shots” para uma kill cinematográfica ou o rápido e satisfatório quick scope com a sniper Balista. Era o auge do multiplayer, unindo casualidade e competitividade com um charme único que parecia impossível de recriar.
Então chega Black Ops 6, trazendo de volta essa sensação. Com seus defeitos? Talvez. Mas acerta em cheio ao resgatar a atmosfera de nostalgia enquanto apresenta novas surpresas. BO6 é aquele bom e velho “feijão com arroz”, mas com temperos que revitalizam a experiência. O retorno do sistema clássico de criação de classes oferece uma personalização que adapta as habilidades do jogador ao seu estilo preferido de combate. E as snipers, com aquele “feeling” icônico do BO2, resgatam memórias marcantes. A cereja do bolo é a movimentação omnidirecional — algo que adiciona fluidez sem romper a dinâmica do jogo. Agora, é possível fazer o “dolphin dive” para os lados, em um estilo que lembra Max Payne, e até correr lateralmente ou para trás, algo incrivelmente ágil e natural. Essa nova mobilidade é uma adição que soma de verdade: tudo parece fluido e estiloso.
Meu único receio para o futuro de BO6 é que os desenvolvedores não introduzam armas ou variações que desbalanceiem o jogo. A experiência de Call of Duty: WW2 me deixou receoso: quando lançaram a munição incendiária para as doze, o gameplay se transformou em uma sequência de mortes frustrantes. Nada arruína mais a experiência do que uma arma ou item desbalanceado que tira o mérito da habilidade.
Se há uma crítica específica, é para o “slide”. Apesar de ser uma feature antiga — introduzida em Ghosts de 2013 —, a partir de Modern Warfare de 2019, ela ficou ainda mais “quebrada”, deixando o jogo caótico e acelerado. Às vezes, mesmo começando a atirar primeiro em um confronto cara a cara, você é surpreendido por um adversário que desliza de forma imprevisível, como o Ninext, e leva a kill. Com o tempo, sei que me adaptarei a essa mecânica, mas sinto falta da época em que a reação contava mais do que explorar um movimento.
No geral, Black Ops 6 trouxe de volta aquela magia. Não só pelas mudanças visuais e técnicas, mas pelo resgate da essência que me fez amar a franquia: a combinação de jogabilidade estilosa com uma experiência envolvente, onde cada partida é imprevisível e, acima de tudo, divertida.
Agradecemos especialmente à Theogames e à Activision pela disponibilização da chave do game, o que possibilitou reviver essa experiência incrível!