Sexta de Aluguel – Berserk – Millenium Empire Arc (PS2)
Markinhos no Area 78 novamente, e hoje a saga é daqueles joguinhos que além da dificuldade do jogo em si, temos a barreira da linguagem no jogo que dificulta ainda mais, mesmo assim somos jogadores perseverantes o suficiente para terminar eles. E para quem já me conhece, animes, mangás e vídeo games andam lado a lado em minhas preferências, e uma dessas preferências é o anime e mangá chamado Berserk, criado pelo saudoso Mestre Kentaro Miura. Como não sou bobo nem nada, não poderia deixar de passar, um dos poucos jogos de Berserk existentes que tive a oportunidade de jogar, finalizar e vir aqui indicar para o aluguel de hoje. O sexta de aluguel de hoje será sobre Berserk Millennium Empire Arc: Chapter of the Holy Demon War para Playstation 2.
Lançamento e Desenvolvimento:
Lançado em 07 de dezembro de 2004 no Japão, desenvolvido pela Yuke’s e publicado pela Sammy Corporation, Berserk Millennium Empire Arc é um jogo que se assemelha muito ao bom Hack n’ Slash, clássico para o Playstation 2, mas com alguns elementos em RPG, onde vencendo inimigos adquirimos pontos de experiência, e com estes pontos podemos melhorar tanto as armas utilizadas pelo protagonista Guts, além de melhorar as habilidades dele dentro do jogo. Este jogo teve um predecessor chamado Berserk: Millennium Falcon Arc – Flowers of Oblivion Chapter, desenvolvido para Dreamcast em 1999, também desenvolvido pela Yuke’s.
Jogo Adaptado do Mangá
A história do jogo é uma adaptação dos capítulos 22 ao 27 do mangá, onde Guts busca restaurar a sanidade de Casca, viajando para Elfheim, o ponto de partida quando conseguimos a Berserk Armor, e o encontro com Griffth no Morro das Espadas. É um subplot adaptado do Mangá envolvendo uma das God Hands chamada de Slan, a Deusa da Chama ou a Princesa Prostituta do Mar Uterino.
Jogabilidade ao estilo PS2
O jogo em seu início nos lembra o passado do Bando do Falcão e o fatídico dia do Eclipse. Para quem conhece Berserk, o Eclipse chega a ser traumatizante. O jogo ganhou a dublagem das vozes originais do anime, e isso é algo que se leva muito em conta e é muito, mas muito bem-feito. A jogabilidade é padrão dos Hack n’ Slash, golpes rápidos e golpes fortes. Temos o recurso do Parry, o famoso contra-ataque que nos dá cinemáticas e dano maior, mas essas habilidades são melhores utilizadas contra os chefes. Com mapas maiores, neste novo jogo passamos boas horas lutando para chegar em Elfheim, temos a ajuda de nosso amigo Elfo Puck, a maga Schiercke, o espadachin Sérpico, que são habilidades desde cura, dano em área, paralisação do tempo que podem ser melhorados com os pontos de experiência obtidos no decorrer do jogo. Temos também o Berserk mode, que pode ser carregado com cada execução que efetuamos, assim a marca que Guts possui vai sendo aumentada, e como no mangá, o poder de nosso protagonista aumenta, além de sua velocidade de ataque, e aí, meus amigos, utilizar aquela Dragon Sword no modo Berserk do jogo, é coisa fina.
As batalhas contra os chefes são muito boas, e dão uma certa dificuldade de Soulslike por ser aquele X1 franco com você e suas habilidades contra o chefe com o HP altíssimo. Temos aqui um confronto contra Griffith, confronto bem difícil por sinal, e enfrentamos o Ogro gigantesco conforme o Mangá após a enchente causada pelo poder estrondoso de nossa maga mega poderosa Shiercke, e também temos um confronto contra Zodd, o imortal, uma das lutas mais belas do jogo todo.
Este jogo é de 2004, então Devil May Cry e God of War ainda não tinham ajudado a revolucionar os jogos de Hack N’ Slash, mas para quem acompanha a obra de Berserk entende que o jogo fez o básico, mas um bom básico que é acompanhar o mangá e colocar o que o Guts faz de melhor no mangá, que é macetar geral com a Dragon Sword, para que ele possa continuar seu caminho e tentar trazer a sanidade da Casca após os acontecimentos do Eclipse. No jogo encontramos também algumas cinemáticas não canônicas, que são nada mais nada menos momentos em que o Guts duvida de suas habilidades, e alguns de seus antigos companheiros aparecem para que o mesmo possa continuar sua jornada, e eles são Pippin, Judeau e Corkus, referências memoráveis para quem leu o mangá ou assistiu ao anime.
Dificuldade e Referencias
A maior dificuldade deste jogo é a não tradução para o inglês, no caso, joguei o jogo inteiro em japonês. Muitas pessoas jogaram RPG em japonês no Super Nintendo ou Nintendinho, sem entender nada, ou um pouco de conhecimento. Mas o que me ajudou muito foi conhecer a história do anime e, para quem conhece e/ou é fã de Berserk, vale muito a pena conhecer o jogo.
Berserk é uma obra criada pelo Mestre Kentaro Miura, que vale muito a pena ser visitada, seja ela nos games ou nos mangás. Em muitos jogos, temos referências a Berserk, Elden Ring é um dos jogos que mais traz referências a Berserk, outro jogo que também lidera é a série de jogos Darksouls. Exemplos são vários, como a Long Sword de Elden Ring, onde quando utilizamos a mesma só pelo seu tamanho já nos tornamos o próprio Guts, um dos bosses da DLC de Elden Ring: Shadow of the Erdtree, o Cavaleiro do Carcere Solitário que se localiza no Mausoleu à esquerda da primeira bonfire da DLC. O Cavaleiro Solitário é a figura de Guts completa, uma espada pesada e uma besta de tiro rápido na mão esquerda. Temos também o Golem Fornalha, que é uma menção de um Golem de Berserk. Astorias, o Abysswalker de Dark Souls é uma referência gigantesca a Berserk, desde seu estilo de luta, tanto como a forma que ele tem, que é a forma de Guts com a armadura de Berserk. A obra do Mestre Kentaro Miura é referenciada em vários outros jogos, e vale muito a pena ver o quão boa fica essa junção de Mangá e Jogos.
Sou Markin, um apaixonado por videogames desde os 8 anos de idade. Com uma predileção por jogos nostálgico.Meu amor por Valkyrie Profile é incomparável, transformando cada sessão de jogo em uma jornada épica. Comigo a nostalgia se transforma em experiências imersivas e emocionantes. Sou um verdadeiro guardião dos clássicos, pronto para compartilhar minha paixão pelos videogames!
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